SINTEPE Manifesta Indignação Contra Governo de Pernambuco Por Contratações Temporárias de Professores

21 de julho de 2025

Sindicato critica a decisão de não prorrogar concurso de 2022, que possui 1.700 aprovados, e vê precarização nas novas vagas temporárias.

Recife, PE – O Sindicato de Trabalhadores em Educação de Pernambuco (SINTEPE) expressou “preocupação e indignação” com a gestão da governadora Raquel Lyra, em face da autorização de novos contratos temporários para professores da rede estadual. A manifestação do sindicato se dá após a decisão do governo de não renovar a validade do concurso público de 2022, que expiraria em dezembro de 2024, apesar de contar com cerca de 1.700 candidatos aprovados na lista de espera que poderiam ser convocados.

O SINTEPE argumenta que a realização de uma nova seleção para preenchimento de vagas temporárias comprova a necessidade de prorrogação do concurso anterior. Para a entidade, todos os candidatos da lista de reserva de concursos precedentes deveriam ser imediatamente chamados para assumir suas funções de forma efetiva.

A principal crítica do sindicato reside no impacto das contratações temporárias sobre a qualidade da educação e a vida dos profissionais. O SINTEPE defende que um grande número de contratos temporários, que não oferecem estabilidade nem direitos garantidos, é prejudicial ao ensino. Isso porque impede que os docentes tenham segurança de renda, salário fixo e acesso a assistências e direitos trabalhistas essenciais, comprometendo a permanência e a qualidade dos profissionais na rede.

A situação já gerou desdobramentos judiciais. Alguns candidatos aprovados no concurso de 2022 buscaram a Justiça de forma individual e obtiveram sucesso em suas nomeações, sustentando que os temporários estão ocupando posições destinadas a concursados. Além disso, o Tribunal de Contas do Estado (TCE) já havia recomendado ao governo a redução do número de trabalhadores temporários na rede estadual, incentivando a recomposição do quadro de pessoal efetivo.

A posição do SINTEPE intensifica o debate sobre a política de recursos humanos na educação de Pernambuco, pressionando o governo a priorizar a efetivação dos professores concursados.

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