Professora da Bahia relata tentativa de envenenamento por alunos com brigadeiro adulterado

06 de novembro de 2025
por Redação Tá Topado

Caso chocante em Salvador expõe aumento da violência escolar e levanta debate sobre segurança de professores

Professora relata tentativa de envenenamento com brigadeiro

Um áudio enviado por uma professora a colegas de trabalho acendeu o alerta sobre a violência dentro das escolas da Bahia. Na gravação, a docente relata que quatro alunos de apenas 12 anos tentaram envenená-la com brigadeiros adulterados com chumbinho, um veneno ilegal e altamente letal.

O episódio aconteceu na última sexta-feira (31/10), em uma escola do bairro de São Caetano, em Salvador (BA). O crime só não foi consumado porque outro estudante descobriu o plano e avisou à direção.

“Fico estarrecida. Falo para que vocês fiquem atentos, em alerta, e não aceitem nada dos alunos. Infelizmente estamos vivendo assim”, desabafou a professora em áudio compartilhado com colegas.

Motivo fútil: evitar recuperação escolar

Segundo o relato da professora, os alunos planejavam envenená-la e também uma colega da mesma escola. O motivo, considerado fútil, seria impedir a recuperação escolar no fim do ano letivo.

Confissão e investigação policial

De acordo com o registro policial, os quatro estudantes confessaram a intenção durante depoimento à coordenação. Eles chegaram a preparar o doce, mas não entraram com o produto na escola.

O caso foi levado à Delegacia Especializada de Repressão a Crimes Contra Criança e Adolescente (Dercca), que abriu investigação. O acompanhamento será feito também pela Delegacia para o Adolescente Infrator (DAI).

Medidas adotadas pela escola

A direção decidiu afastar os quatro alunos, que deverão seguir os estudos em casa até o fim das apurações. Todos estão recebendo acompanhamento psicológico.

Em nota, a Secretaria de Educação da Bahia afirmou que “presta assistência a toda comunidade escolar e reforça o compromisso com a segurança de professores, funcionários e estudantes”.

Violência nas escolas preocupa educadores

O caso reforça o sentimento de medo e vulnerabilidade que vem crescendo entre professores da rede pública. Episódios de agressão física, ameaças e intimidação psicológica têm se tornado mais frequentes, revelando uma crise na relação entre alunos e educadores — e uma urgente necessidade de políticas de proteção e acolhimento dentro das escolas.

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