Lajedo chega aos 76 anos de emancipação política carregando nos ombros a força de um povo que não se dobra ao tempo nem às dificuldades. Uma cidade que pulsa com a alma de quem nunca deixou de acreditar. Que já viu o sol castigar e a chuva tardar, mas que sempre floresceu — na fé, no trabalho e na esperança.

Nesta semana de comemorações, o Tá Topado quis ouvir aquilo que não se vê em fotografias ou estatísticas: a memória viva de quem nasceu ou escolheu Lajedo pra chamar de lar. Perguntamos: qual é a principal lembrança que representa o que Lajedo significa pra você? E o que recebemos foi muito mais do que respostas. Recebemos declarações de amor.

Teve gente que falou do primeiro emprego na feira, do café coado na calçada da avó, do som da banda marcial atravessando a rua nos desfiles de 7 de Setembro. Teve quem lembrou o cheiro da terra molhada nos sítios, os jogos no campo, a missa de domingo, as noites de São João no coração da cidade.

Porque Lajedo é feita disso: de gente que trabalha com as mãos e sonha com o coração. De homens e mulheres que levantam cedo e sabem que a honra mora no suor. De jovens que, mesmo com o mundo todo à disposição, ainda se emocionam ao voltar pra casa. De anciãos que carregam nos olhos o brilho de quem viu a cidade crescer do barro ao asfalto, mas que nunca perdeu sua essência.

Cada rua, cada escola, cada feira livre tem uma história contada à beira de uma calçada ou nas lembranças de quem viveu ali a infância inteira. E é essa soma de memórias — simples, sinceras, poderosas — que sustenta a alma de Lajedo. A cidade que resiste, que se reinventa, que permanece firme como uma rocha: altiva, valente, generosa.

Parabéns, Lajedo, pelos teus 76 anos. Que venham mais décadas de bravura e poesia, escritas na voz do teu povo.

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