Irmãos são detidos pela PRF com 465 pássaros silvestres em Venturosa

12 de novembro de 2025
por Redação Tá Topado

Dois irmãos, de 39 e 49 anos, foram detidos na manhã de quarta-feira (12) pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) após serem flagrados transportando cerca de 465 pássaros silvestres em um carro na BR-424, em Venturosa, no Agreste de Pernambuco. As aves estavam em 23 gaiolas amontoadas no porta-malas e no banco traseiro; algumas não resistiram e morreram durante a viagem.

A fiscalização foi realizada pelo Grupo de Enfrentamento aos Crimes Ambientais da PRF. Durante a abordagem os policiais encontraram aproximadamente 300 papa-capim, 150 canários-da-terra, 10 trinca-ferros e 5 azulões. Segundo informação prestada pelos ocupantes, as aves partiram de Jequié (BA) com destino a Caruaru (PE) — trajetos separados por cerca de 914 km.

As autoridades informaram ainda que os irmãos já haviam sido flagrados anteriormente cometendo o mesmo tipo de crime nas cidades baianas de Jeremoabo e Jequié. Após a abordagem, os suspeitos foram encaminhados à Delegacia de Polícia Civil de Arcoverde (PE), onde devem responder por maus-tratos, receptação, associação criminosa e demais crimes ambientais previstos na legislação.

O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) e a Agência Estadual do Meio Ambiente (CPRH) foram acionados para avaliar a situação das aves — realizar o resgate, o eventual tratamento das aves sobreviventes e adotar os procedimentos administrativos e sanitários cabíveis.

Contexto e desdobramentos

  • Crime ambiental e tráfico de fauna: a captura, transporte e comercialização de fauna silvestre sem autorização configuram crime ambiental no Brasil e contribuem para declínios populacionais e desequilíbrios ecológicos.
  • Consequências para os autores: além das sanções penais, os envolvidos podem responder por processos administrativos e sofrer multas aplicadas por órgãos ambientais.
  • Risco sanitário: transporte em condições inadequadas eleva risco de morte das aves e de propagação de doenças entre animais e, potencialmente, para pessoas.

O que a polícia e os órgãos ambientais fazem em casos assim

Quando flagrantes desse tipo ocorrem, a PRF e os órgãos ambientais costumam:

  1. Apreender os animais e registrá-los tecnicamente;
  2. Encaminhar as aves para avaliação sanitária;
  3. Notificar e instaurar processo administrativo ambiental;
  4. Encaminhar os suspeitos à polícia civil para investigação e oferecimento de denúncia;
  5. Promover ações educativas e fiscalizações preventivas nas rotas mais recorrentes.

Gostou? Compartilhe esse Conteúdo.

Fale Conosco pelo WhatsApp
Fale Conosco pelo WhatsApp
Ir para o Topo do Site