Brasília — O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi detido preventivamente pela Polícia Federal (PF) na manhã de sábado, 22 de novembro, após um mandado expedido pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). BHAZ+3IstoÉ Dinheiro+3ISTOÉ Independente+3
Segundo a PF, a ordem de prisão preventiva tem caráter cautelar e não corresponde, por ora, ao início do cumprimento da condenação. IstoÉ Dinheiro Bolsonaro havia sido condenado em setembro pela Primeira Turma do STF a 27 anos e 3 meses de prisão, por liderar uma organização criminosa e tentar golpe para se manter no poder. IstoÉ Dinheiro+1
Após ser preso em sua residência em Brasília, Bolsonaro foi levado à Superintendência da Polícia Federal, onde ficará em uma “sala de Estado”: uma estrutura reservada para autoridades, já usada por ex-presidentes como Michel Temer. IstoÉ Dinheiro A PF confirmou que cumpriu o mandado, emitido por Alexandre de Moraes. ISTOÉ Independente+1
Os advogados de Bolsonaro recorreram da condenação, alegando que o julgamento teve “fundamentos frágeis” e que a decisão judicial continha omissões ou contradições. IstoÉ Dinheiro Eles também argumentam que Bolsonaro tem direito de apresentar recursos, inclusive embargos de declaração, que não revertam necessariamente a pena, mas podem clarificar pontos do acórdão. IstoÉ Dinheiro
Antes dessa prisão, Bolsonaro já enfrentava restrições impostas por Moraes: desde agosto ele cumpria prisão domiciliar, monitorado por tornozeleira eletrônica. IstoÉ Dinheiro+1 A PF alegou descumprimento dessas medidas como um dos motivos que justifica a preventiva. IstoÉ Dinheiro
A situação reforça a gravidade do processo judicial que cerca Bolsonaro, envolvendo acusações de golpe de Estado. A detenção preventiva é vista por especialistas como uma medida para preservar a ordem pública e garantir a aplicação da lei, mesmo antes do trânsito em julgado da condenação.
A prisão do ex-presidente deve provocar forte repercussão nas bases bolsonaristas. Aliados já vinham sinalizando mobilizações políticas para contestar decisões do STF. Para críticos, a ação é reflexo de um endurecimento nas ações judiciais contra figuras que tentaram desafiar a ordem democrática.